Pleno de conquistas nacionais aumenta expetativas para nova temporada desportiva. Presença na segunda competição mais importante da FIBA passa despercebida. Por Xavier Soares
Um campeonato nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, é este o palmarés de uma equipa que no passado teve Portugal nas mãos. Para esta época os objetivos não mudam e a ambição de fazer mais e melhor é ponto assente para o treinador Eugénio Rodrigues e para a jogadora Marcy Gonçalves.
É com uma equipa renovada que as campeãs nacionais de basquetebol feminino encaram o início de mais um ano desportivo. Com os três mais importantes títulos do basquetebol feminino conquistados na época transata, o técnico Eugénio Rodrigues considera que se tratou de “uma época de sonho para o Olivais”. Na opinião do treinador, ainda que a reconquista dos títulos seja uma prioridade, o mesmo não descarta a existência de “12 equipas a disputar o campeonato da Liga Feminina”.
A competir no segundo torneio mais importante da Federação Internacional de Basquetebol (FIBA), a Eurocup, a equipa feminina do Olivais FC conta em derrotas o número de jogos disputados na edição 19/20. Quatro jogos quatro derrotas, algo que Marcy Gonçalves justifica com a diferença orçamental entre as equipas participantes. “Estamos a competir com jogadoras que vêm da WNBA”, acrescenta. Para o treinador, a prestação da equipa está dentro das espectativas. “Não se pode ficar indiferente às realidades competitivas muito diferentes que outras equipas apresentam em relação às portuguesas”, reitera.
A falta de apoios ao basquetebol feminino em Portugal mereceu destaque por parte da jogadora. Marcy Gonçalves confessa que “é uma luta que ainda se continua a ter a nível de equipas e seleções”. Apesar disso, a atleta não esquece que o apoio do clube tem sido fundamental para a criação de condições que permitam lutar por títulos.
O basquetebol não é uma modalidade com muitos seguidores no território nacional, algo que faz passar despercebido a muitos a presença de uma equipa lusitana na Eurocup. Para Eugénio Rodrigues, a revisão da participação de equipas nacionais nas competições europeias deve ser um assunto a ser debatido. “A realidade competitiva de Portugal não é ajustada a uma competição europeia”, conclui.
