Cultura

Blues regressa à cidade dos estudantes

Nova edição do festival traz nomes sonantes ao TAGV. Género musical é descrito por um dos produtores como o “fado americano”. Por Joana Carvalho e João António Gama

Os ecos do ‘blues’ voltam a ressoar no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) para mais uma edição do Festival “Coimbra em Blues”. O evento decorre nos dias 15 e 16 de novembro e vai “ser uma festa muito grande”, promete Adalberto Ribeiro, um dos produtores.

O cartaz conta com artistas do panorama nacional e internacional. No primeiro dia sobe ao palco Portuguese Pedro, artista conimbricense que também é locutor do único programa de rádio dedicado à música dos anos 40 e 50. De acordo com Adalberto Ribeiro, o concerto do músico português vai evocar sonoridades de artistas como Hank Williams e Johnny Cash.

De seguida, Chino and the Big Bet, um grupo catalão encabeçado por Chino, guitarrista argentino, vem fazer “um outro género de ‘blues’”, mais alusivo aos anos 30. “A malta tem de se levantar e dançar”, exalta o produtor do festival.

O segundo dia começa com a atuação de Martin Harley, guitarrista britânico, que promete uma ‘performance’“mais intimista ao subir ao palco como ‘one-man band’”, partilha Adalberto Ribeiro. O músico inglês, nomeado nos UK Americana Awards para melhor instrumentista do ano, é descrito “como representante de um ‘blues’próprio europeu”.

O evento encerra com Shirley King, filha de B.B. King, que “vai mostrar o ‘blues’tradicional de Chicago”. O produtor acrescenta que quem for a este concerto deve estar preparado “porque ela vai descer do palco, sentar-se ao colo de alguém e chamar o público para cima do palco”.

Adalberto Ribeiro refere que a organização espera que o evento cresça e que se afirme “como uma das marcas de cultura em Coimbra”. Segundo o mesmo, a importância deste festival enquadra-se no panorama nacional e em Coimbra de forma particular.

“O ‘blues’e o fado são géneros com uma raíz comum, pela estrutura harmónica e por aquilo que falam”, refere o produtor. Atribui ainda ao género musical a designação de “fado americano” pelas caraterísticas que os unem.

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