Embaixador angolano em Portugal foi figura central do evento. Vice-reitor mediou conversa e ouviu estudantes. Por Gustavo Freitas
“Conversas na Casa da Lusofonia” é o nome da aposta da Divisão de Relações Internacionais da Universidade de Coimbra (DRI-UC) para transformar o espaço de acolhimento a estudantes internacionais num ponto de encontros e discussões. Nesta terça-feira, o vice-reitor para as Relações Externas e Alumni da UC, João Nuno Calvão da Silva mediou o primeiro debate do ciclo com o embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca.
O diplomata, em visita à universidade, foi ao encontro dos alunos e falou sobre os problemas e desafios do país africano. Temas como política interna e externa, o papel angolano em África e no espaço lusófono, o desenvolvimento económico e social e a inovação foram alvo de debate.
De acordo com a chefe da DRI-UC, Liliana Moreira, ambicionam não só acolher os estudantes, mas ser um espaço de interação. Esta ideia é partilhada por João Nuno Calvão da Silva, que defende que a intenção “é reduzir a carga burocrática da Casa da Lusofonia e transformá-la num espaço de interação social e cultural”.
O vice-reitor acredita que este ciclo de conversas é um caminho para uma universidade mais democrática. “Cada um sente-se livre para perguntar e discutir com tolerância, o que permite perceber melhor o outro”, analisa.
A angolana Jorgette Dumby, antiga estudante da Faculdade de Medicina da UC, assistiu à palestra e partilhou a sua percepção sobre Angola. “Parabenizo a universidade por criar este espaço de diálogo que é um passo fundamental, visto que nós existimos. Com ou sem dificuldades estamos aqui”, refere a antiga estudante acerca da comunidade angolana em Portugal.
As “Conversas na Casa da Lusofonia” vão ser planeadas em conjunto com as redes de estudantes internacionais. O primeiro encontro contou com o apoio da Associação de Estudantes Angolanos em Portugal – Casa de Angola em Coimbra.
