Colégio das Artes vai sofrer renovações a nível estrutural. Após várias gerações de estudantes se manifestarem sobre as condições do edifício, UC investe dez milhões de euros. Por Cátia Beato
Na manhã desta quinta-feira, decorreu na Capela do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra (UC) uma apresentação sobre o plano de intervenção, reabilitação e recuperação das estruturas degradadas do Departamento de Arquitetura (DARQ) no valor de dez milhões de euros. A iniciativa, que pretende a melhoria das infraestruturas para os estudantes, professores e funcionários, contou com a presença do reitor da UC, Amílcar Falcão.
Esteve também presente o diretor do DARQ, José António Bandeirinha, que referiu que, “neste momento, o edifício tem condições muito reduzidas de utilização e a intenção é melhorá-las”. Acrescenta que os estudantes são a prioridade. Um dos problemas apontado é a permeabilização, uma vez que o “conforto em que as aulas devem decorrer está prejudicado.” As alterações indicadas pelo diretor são a nível estrutural, ao limpar a deterioração para adaptar as qualidades arquitectónicas às necessidades letivas atuais.

Na ótica do docente, os inquéritos respondidos por alunos, professores e funcionários, em conjunto com as manifestações, reuniram as circunstâncias para avançar com o investimento. Sara Barros, estudante do Mestrado Integrado em Arquitetura e antigo membro do Núcleo de Estudantes de Arquitetura (NUDA), dá a conhecer os problemas: “as portas que não fecham em condições, as tintas e o chão descascam.” Acrescenta que “com as tempestades, acumula chuva e as estruturas apodrecem, havia pedaços de teto a cair.”
Sara Barros esteve presente na manifestação que ocorreu no ano letivo anterior e que foi organizada por alunos de arquitetura. “Foi um esforço grande, não só do núcleo, mas de todos os estudantes”, diz a antiga integrante do NUDA. “As pessoas passavam nas monumentais e paravam para ouvir e assinar a petição”. Para a estudante de arquitetura, o futuro deste projeto é incerto, mas acredita que a mudança está a acontecer. “Foram instalados aquecedores novos, repararam o teto, o chão e as salas”, adiciona. Embora reconheça que este é um processo demorado, para Sara este já é um avanço significativo e, tal como muitos estudantes do Colégio das Artes, sente que os esforços tiveram efeito.
