Entre preocupações ambientais e negociais, Paulo Sérgio Santos e João Pimentel lembraram-se de Luísa Castel-Branco para repreender mau futebol.
Peçanha – 6
Continua um quase-idoso futebolístico de reflexos algo apurados. Podia estar junto do lote dos melhores se não fosse Mike Moura, que provavelmente o tramou por preferir o seu homónimo Ricardo.
Traquina – 6
O jeitinho dado nesta nota é diretamente proporcional àquilo que ainda vive na nossa memória. Uma tarde de novembro do ano de 2016, em que Traquina marca o único golo da partida, um chapéu em arco. De qualquer modo, se Joel não enche as medidas e Mike tem de jogar à esquerda, a direita não parece mal entregue.
Mike Moura – 4
263 jogos como sénior, eventualmente uma dúzia como lateral-esquerdo. Algum dia tinha de borrar a pintura, podia era não ter custado três pontos.
João Real – 7
Sexta à tarde, Bolão.
João Alves afixa a lista de convocados na parede do balneário. Outro João, de sobrenome Real, analisa a folha e percebe que a sua hora chegou novamente, a hora em que um homem não pode jogar com chuteiras emprestadas. Saca do telemóvel e
– Ângela, já alguém comprou as chuteiras?
– Não, querido.
– Então
tira -as de lá!
Domingo de manhã, OLX: vendem-se chuteiras como novas, três jogos e um golo.
(obrigado por regressares, capitão)
Yuri Matias – 7
Se o seu companheiro tem 7 e marcou um golo, aritmeticamente Yuri teria 14 por ter safado dois golos. Como isto é um mundo de zero a dez, tem 7.
Ricardo Dias – 6
A anatomia de uma exibição, por João Alves. A história de um trinco a quem, se tapassem a boca, cairia para o lado. Num areal relvado perto de si.
Guima – 5
Como diria a Luísa Castelo Branco, “Guima, você é o elo mais fraco”. Só não vamos ser implacáveis porque nos vemos daqui a 15 dias. Provavelmente. Tem de ser? Se calhar tem. Mas era melhor não.
Reko – 6
Ao minuto 92 sentimo-nos perante um momento definidor da pátria lusitana. Foi assim, com pancadaria, que Portugal se formou.
Romário Baldé – 5
Será que o prémio de melhor jogador jovem de dezembro tem efeitos retroativos? Prometemos que não tem duplo sentido. É só porque temos medo que o venham cá tirar. Ao prémio, não ao Romário.
(sugestão: o passe do Jonathan Toro por um ‘bundle’ com Romário, Júnior Sena, Nélson Pedroso e o Nuno Santos, se ainda o encontrarem)
Júnior Sena – 4
(Imprima isto numa folha já utilizada para poupar papel. Vamos deixar alguns espaços em branco para que possa usar a seu bel-prazer. Lista de compras, ‘bucket list’, desenhos artísticos enquanto alguém lhe telefona, a escolha é sua. Na realidade, tudo isto é apenas que não temos mais nada para lhe dizer)
Hugo Almeida – 6
Um gajo que não tem que estar a assistir a este espetáculo constrangedor que é ser alimentado por Romário Baldé e Júnior Sena.
p.s. – comecem a aquecer-lhe o pé esquerdo antes do início dos jogos.
Djoussé – 3
Liguei. Não me atendeste. Já não sei se gosto de ti.
Marinho – 2
O crédito de uma taça de Portugal serve para desculpar perdidas incríveis.
Fernando Alexandre – 1
Na realidade, entrou para cumprir a sua eterna função de capacete azul. Quando a diplomacia não funciona, o capitão Alex leva a peito a falta de bom senso dos insurgentes.
João Alves – 5
Não é que a estrelinha tenha passado, a Académica é que perdeu demasiados pontos antes de ter chegado. Agora, sejamos mais críticos e honestos como já o vimos ser. O resultado é justo e a haver um vencedor não seria a Briosa, fruto de uma segunda parte inexistente em termos de tudo o que é compêndio futebolístico.
André Almeida – ?
A aparição de sujeitos chamados André Almeida neste jogo foi assustadora. Eram vários? Um só? O adversário era o Benfica? Mundos paralelos? Um era árbitro assistente e o outro jogador. Não acreditamos em bruxas, mas que as há, há.