Substituição de equipamento procura melhorar a resposta hospitalar. Investigador responsável afirma que “poucas infraestruturas deste género reúnem esta diversidade a nível internacional”. Por Diogo Machado e Isabel Pinto
O Centro Académico Clínico de Coimbra CHUC-UC vai receber dois equipamentos de imagem molecular que visam elevar a investigação de imagiologia cerebral em Coimbra a um novo patamar para o país. O projeto BIN – Infraestrutura Central de Rede Nacional de Imagiologia Funcional Cerebral investiu cerca de cinco milhões de euros nos dois tomógrafos PET (Tomografia por Emissão de Positrões) para o estudo do cérebro.
Sediado no Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), o projeto oferece à Universidade de Coimbra (UC) uma infraestrutura única ao nível da investigação de imagem cerebral. “Poucas infraestruturas deste género reúnem esta diversidade e complementaridade mesmo a nível internacional”, afirma o investigador responsável pelo projeto, Miguel Castelo-Branco.
Em comunicado de imprensa, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, explica que “este investimento vai permitir a consolidação das competências técnicas e humanas instaladas na área da medicina nuclear”. Realça ainda que esta infraestrutura de investigação, integrada no Roteiro Nacional de Infraestruturas Científicas, está sustentada no relacionamento permanente com outras instituições de atividade reconhecida na área em apreço.
A compra dos dois tomógrafos PET foi financiada em 85 por cento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através do Programa Operacional Regional do Centro. O valor correspondente foi de cerca de 4,2 milhões de euros. Para o presidente do Conselho de Administração do CHUC, Fernando Regateiro, existem três dimensões associadas à concretização deste projeto: a clínica, a da investigação básica e translacional e a simbólica. O presidente esclarece que os objetivos passam por “permitir a substituição de um equipamento antigo e, assim, melhorar a capacidade de resposta do Hospital”.
