Estudantes sobem ao sexto lugar, à condição. Jogo marcado por eficácia estudantil nas bolas paradas e lesão de Brendon. Por Gabriel Rezende
Foi uma manhã fria de domingo aquela que acolheu no Estádio Cidade de Coimbra a partida entre a equipa da casa e o Leixões, que estreou o seu novo treinador, Bruno China – um ex-jogador dos estudantes. A Académica levou de vencida a equipa de Matosinhos por 2-1, a quinta vitória dos estudantes desde que João Alves assumiu o comando técnico.
A partida começou algumas ameaças por parte dos visitantes, através de contra-ataques rápidos, mas com uma Académica mais ofensiva e impositiva, postura que se manteve durante quase toda a primeira parte. Aos 11 minutos a Briosa inaugurou o ‘placard’, com um golo do central que tem jogado a lateral direito, Brendon Lucas, que aproveitou alguma confusão na área leixonense, no seguimento de um canto, para encostar a bola para a baliza deserta.
O jogo entrou então numa toada mais morna, sem grandes motivos de sobressalto nas bancada, à exceção de dois remates dos homens da casa, Hugo Almeida e Romário Baldé, o primeiro para uma defesa apertada do guarda-redes forasteiro e o segundo a passar perto do poste esquerdo.
Com o aproximar do intervalo, o Leixões cresceu ofensivamente e a Académica tremeu. Aos 38 minutos, uma bola lançada para a esquerda do ataque dos bebés do mar e centrada para a área academista encontrou a cabeça de Pedro Henrique. O número 9, perante a passividade da defensiva estudantil, antecipando-se a Zé Castro, fez o empate, de nada valendo a estirada de Ricardo Moura.
Ainda antes do intervalo, João Alves foi obrigado a mexer na equipa. Brendon, na sequência de um choque de cabeças com um adversário, teve de sair em maca e deu o lugar a Traquina, originando a descida de Jean Filipe do meio-campo para a direita da defesa.
A segunda parte foi um reflexo da primeira parte, com sinal positivo para os homens do mar. Mais oportunidades e, sobretudo, mais perigosas, mas com uma Académica sempre à espreita de marcar.
Com 20 minutos ainda para jogar, o treinador da casa resolveu apostar todas as fichas e fazer uma dupla substituição, com Djoussé e Marinho a entrarem para os lugares de Hugo Almeida e Traquina. O Leixões sentiu, de certa forma, a ambição de João Alves e aumentou um pouco mais a temperatura do jogo. Contudo, aos 77 minutos, Djoussé esfriou momentaneamente os ânimos leixonenses. Após um livre da direita, o ponta-de-lança camaronês, com passaporte georgiano, cabeceou sem oposição no coração da área visitante e fez abanar as redes.
No quarto de hora final, o Leixões aumentou a pressão atacante e levou os estudantes a voltarem à defensiva. A decisão, porém, não surtiu mais alterações no marcador, pelo que a Briosa fechou o último jogo deste ano com mais uma vitória.
Em conferência de imprensa, João Alves afirmou que pretende que os jogos se tornem “equilibrados entre fora de casa e em casa”. O treinador dos estudantes salientou ainda que as vitórias “são todas importantes” e que os academistas devem selar a posição de favoritos enquanto anfitriões.
Já o técnico interino do Leixões, Bruno China, declarou que “o jogo foi bom”, mas considera que a equipa foi “injustiçada” e que jogou “melhor que a Briosa”. Bruno China garante estar feliz nesta sua nova fase da carreira, por poder continuar perto do campo, e relembrou o tempo passado em Coimbra enquanto jogador, dizendo ter “pena pelo estado em que a Briosa se encontra”.
Com a vitória, os estudantes passam a somar 21 pontos e estão agora na sexta posição da Ledman LigaPro, embora à condição, dado que faltam ainda disputar alguns encontros desta jornada e há ainda equipas com mais jogos em atraso. A Académica volta a jogar no Estádio Cidade de Coimbra na próxima sexta-feira, 4 de janeiro, contra o Cova Piedade, em partida agendada para as 20h30.
Com Paulo Sérgio Santos
