Proposta visa reduzir para mais de metade os custos das análises de determinação sanguínea. Equipamento permite analisar 12 amostras de sangue em simultâneo. Por Maria Luísa Calado
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) está a desenvolver um dispositivo capaz de identificar o grupo sanguíneo de forma mais rápida. O objetivo é criar um instrumento mais económico do que os existentes no mercado.
A fundadora do projeto, Cristiana Mourato, licenciada em Ciências Biomédicas Laboratoriais, confessa que “Portugal é um país autossuficiente em termos de dádivas sanguíneas e conta com cada vez mais dadores”. Neste sentido, o equipamento pretende responder às necessidades do mercado, uma vez que “permite trabalhar um maior número de amostras”, explica.
Os procedimentos para a determinação sanguínea apenas permitem a observação de amostras isoladas. Este novo aparelho “é menos dispendioso” e “consegue examinar até 12 amostras”. Além disso, a microplaca vai “permitir realizar ao mesmo tempo a análise direta e reversa do sangue”, o que não acontece com o equipamento atual, sustenta Cristiana Mourato.
O projeto foi distinguido com a bolsa “StartUp Voucher”, entregue pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação. Conta ainda com o apoio do concurso regional Poliempreende, realizado em Coimbra, onde conquistou o segundo prémio na 14ª edição.
Além de Cristiana Mourato, contribuem na investigação a docente na ESTeSC Diana Martins, o investigador Ricardo Teixo e o docente Fernando Mendes. “O produto vai estar em desenvolvimento durante um ano e, mais tarde, vai ser patenteado”, adianta a fundadora.
