Desporto

Conselho Desportivo aprova criação da Pró-Secção de Futsal

Hugo Guímaro

Mudança surge após incompatibilidade com Secção de Futebol. Modalidades passam a ser independentes por, pelo menos, um a dois anos. Por Miguel Mesquita Montes

A partir de hoje, 16 de novembro, as modalidades de futebol e futsal da Associação Académica de Coimbra (AAC) jogam oficialmente em campos diferentes. “Um grupo de pessoas proponente inserido no futsal da AAC sugeriu criar uma pró-secção”, conta o secretário-geral do Conselho Desportivo da AAC (CD/AAC) , Miguel Franco. O CD/AAC analisou o caso e, por unanimidade dos membros, aprovou a transição.

“Os Estatutos da AAC dizem que não pode haver duas secções a co-habitar o mesmo espaço desportivo”, relembra o representante do CD/AAC. Por outro lado, foi explicado em ofício que tal foi analisado e verificou-se que “as realidades das modalidades são distintas”, afirma o mesmo.

A mudança requer um período à experiência, que vai durar entre um e dois anos. “É preciso ver a parte financeira e a parte do projeto desportivo a dois anos”, ressalva o secretário-geral. “Tem de haver autonomia financeira” por parte da pró-secção, alerta ainda.

“Existiam algumas incompatibilidades dentro da Secção de Futebol da AAC (SF/AAC)”, revela Miguel Franco. Nesse sentido, o mesmo explica que “o melhor caminho para que ambas as partes pudessem navegar foi criar uma pró-secção”. Assim, “a Pró-Secção de Futsal da AAC tem as ferramentas para trabalhar e para crescer, até porque já leva 140 atletas e uma direção consistente, um volume que justifica esta criação”, reforça o representante.

O secretário-geral do CD/AAC confidencia sobre a responsabilidade da agora pró-secção: quando o Pavilhão Eng. Jorge Anjinho foi afetado pela tempestade Leslie, “eles foram procurar novas alternativas de espaço sozinhos”, e tal foi bem sucedido. “A pró-secção não era deficitária para a SF/AAC, porque se autogeria”, contextualiza. Miguel Franco assume que “o plano da pró-secção é sustentável a nível financeiro e ambicioso a nível do aumento de atletas”, e garante que, portanto, acredita que esse é o caminho a seguir.

Implicações da mudança

“A SF/AAC e a pró-secção vão ser separadas por completo, com duas direções diferentes e contas correntes distintas”, adianta Miguel Franco. Na ótica do representante do CD/AAC, “a SF/AAC não sai a perder a nível financeiro, mas a nível de operações de estratégia do dia-a-dia tem a ganhar, porque pode focar-se no que importa”.

Miguel Franco frisa que o objetivo da transição é “engrandecer o emblema da Académica”. Assume que a Cultura também o faz, mas insiste que “o Desporto leva o símbolo da AAC ao peito, tanto para os jogos, como para os treinos”.

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