Despertar para o mundo da arte aos olhos de Élia Ramalho emoldura a exibição de maneira interativa e disciplinar. A obra ainda não lançada já conta com apoio de instituições escolares. Por Júlia Lopes e Julia Peccini
A Casa da Escrita recebe no dia 3 de novembro a exposição da artista plástica Élia Ramalho, que vai apresentar pela primeira vez a sua nova produção intitulada “Arte | Metáfora da Vida”, seguida de uma exibição inspirada num quadro autobiográfico da escritora. A partir das 15 horas deste sábado, o evento espera receber “crianças e adultos, de qualquer área de formação”. Também a autora espera que as pessoas possam ver e conhecer todo o processo criativo.
Como primeira experiência na área escrita, lançou, em 2008, o exemplar “Olhar, experimentar e criar, com Frida Kahlo”, resultado de trabalhos em oficinas e ateliês com crianças. Dez anos depois, a autora refere que associar o ensino artístico ao lado criativo em contexto lúdico permanece um dos objetivos principais do seu trabalho.
A editora do lançamento, Palavra Pintada, foi fundada pela própria Élia Ramalho e surgiu junto com outros projetos da autora que uniam arte e poesia. “Arte | Metáfora da Vida” é o seu primeiro lançamento e resume-se numa coletânea de contos infantojuvenis rica em ilustrações, palavras e simbologias.
A imagem de marca do livro é um par de sapatilhas. A artista revela que estudou a ideia do nome Palavra Pintada no sentido de permitir que a poesia passeasse por aí. O caminhar da poesia são “as pegadas que aparecem no próprio exemplar e, na pintura, simbolizam a ideia de caminho e transição.” A representação desse “passo” é, segundo a autora, uma nova etapa que almeja conquistar.
A mostra é mais uma proposta da escritora de proporcionar um espaço de interação e criatividade entre a arte e os indivíduos. Élia Ramalho ressalta a importância de estimular o despertar das pessoas para o mundo da arte e para a procura de conhecimento. E não só, a artista salienta a importância do seu trabalho para o acompanhamento pedagógico. Assim, conclui que “professores e educadores de infância mostraram bastante interesse pelo projeto como forma de estudo com os alunos e com a própria família.”
