Conquista demonstra importância do trabalho desenvolvido com os atletas. Jogadores agradecem apoio dos portugueses. Por Diogo Machado
Na passada semana, a seleção portuguesa de futsal com Síndrome de Down sagrou-se campeã europeia da modalidade, ao vencer a campeã mundial Itália por 4 a 0. Nuno Santa Rita, treinador da equipa, sublinha que a conquista “foi importantíssima, não só para a equipa, não só para Portugal, mas também para os atletas com Síndrome de Down”.
Um dos heróis da equipa é Rui Sousa, que frequenta a Unidade Funcional de Montemor-o-Velho da Associação Portuguesa de Pais Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Coimbra (APPACDM), e já há 15 anos é acompanhado por Nuno Santa Rita. De variadíssimos elogios o que sobressai é o de ser um atleta que “se esforça e tenta dar sempre o seu melhor”. Pratica tanto futsal como atletismo, e uma vez por semana treina natação. O treinador elogia-o uma vez mais ao dizer que “é um atleta polivalente”.
Dos cinco jogos, a seleção das quinas venceu quatro. A motivação dos jogadores nunca foi um problema, dado que os atletas, aos olhos do treinador, “têm tanta motivação, que por vezes é preciso meter travão”.
Quando se discute a necessidade da criação destas equipas, Nuno Santa Rita refere que os jovens “entram nas instituições de cuidado e ficam fechados todo o dia”, algo que o treinador acredita ser prejudicial. Para solucionar estes problemas, a vertente do desporto pretende estimular os atletas de desporto adaptado tanto a nível físico, quanto ao nível da sociabilidade e de integração na sociedade, acrescenta o treinador.
“É muito gratificante trabalhar com pessoas assim”, afirma Nuno Rita. “Estamos sempre a receber afetos e carinhos porque eles estão sempre a agradecer a quem faz algo por eles”, acrescenta o treinador.
Para Nuno Santa Rita, trata-se de uma grande conquista não só para a equipa, mas para todos aqueles que acreditam na importância de ajudar estas pessoas. O treinador agradece a todos aqueles que apoiaram a equipa e partilharam a conquista nas redes sociais. “Os atletas adoram ver as fotos Facebook, na televisão e nos jornais. Nunca se cansam de agradecer.”
