Retórica conimbricense fez-se ouvir em Lisboa. Próximo torneio de debates vai ser realizado em Coimbra. Por João M. Mareco
O torneio que pretende incitar à tolerância através das palavras realizou-se entre os dias 26 a 28 de outubro no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). O II Open do Tejo contou com a presença da Sociedade de Debates da Universidade de Coimbra (SDUC).
A Sociedade de Debates da Universidade de Lisboa foi anfitriã da edição de 2018 do Open Lisboa. O mote do evento “Do Tejo para Portugal” demonstra a preocupação de tornar o diálogo o mais abrangente possível através da participação de variadas sociedades de debates de diversas universidades do país. “Torna-se pertinente porque é um torneio que conta com equipas de todo o país”, como do Minho, do Porto e de Lisboa, constata o vice-presidente da SDUC, Miguel Teixeira.
No geral, o vice-presidente atribui uma nota “bastante positiva” à presença dos estudantes de Coimbra, tendo em conta que “cem por cento dos oradores da UC conseguiram passar para as meias-finais e apurar-se para a final”. A nível particular, Miguel Teixeira foi considerado pelo júri, composto por membros de diversas sociedades de debate, o orador com maior pontuação e, por consequente, o melhor orador do II Open de Lisboa.
Num contexto atual, caracterizado pela polarização de opiniões, esta iniciativa tem por objetivo combater a demagogia através da retórica, seguindo o “British Parliamentary”, modelo de diálogo inspirado no parlamentarismo britânico. Os participantes são divididos em quatro equipas duplas que vão representar o Governo e a oposição. Com apenas 15 minutos de preparação e sete de discurso, as moções e os papéis que os participantes vão representar, defender e atacar são atribuídos de forma arbitrária, o que obriga os intervenientes a argumentar a favor ou contra, em função dos seus pontos de vista. Para Miguel Teixeira, “essa é a piada do debate universitário”.
