Intervenção arranca ainda neste ano civil. Duração de três meses e meio leva estudantes a serem transferidos para outras Residências Universitárias. Por Bruna Cadima e Patrícia Silva
Os blocos A e B da Residência Universitária (RU) João Jacinto vão ser intervencionados, com o objetivo de “criar melhores condições”, como indica a administradora do Serviços da Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), Conceição Marques. A obra vai incidir sobretudo nas cozinhas e casas de banhos. Conceição Marques destaca a importância de renovar as cozinhas porque “hoje, o estudante utiliza muito este espaço e há necessidade de lhe dar boas condições”.
A reabilitação destes blocos duplica o número de casas de banho. No entanto, isto significa a perda de duas camas por bloco. Sobre a perda de dois lugares, a administradora dos SASUC refere que “não existe forma de contornar isso”. Todavia, a intenção dos SASUC é a de “não prejudicar os estudantes”, em especial, os bolseiros. No caso de ser necessário excluir alunos do aproveitamento das instalações das RU, “vão ser os investigadores”, esclarece Conceição Marques.
O mobiliário dos quartos vai ser mudado. Para alojar os atletas dos Jogos Europeus Universitários, que decorreram no verão passado, foram adquiridas camas que tinham já como objetivo ser usadas nesta RU. A Residência Universitária dos Combatentes, que tinha camas já degradadas, foi também beneficiada por esta aquisição, refere a administradora.
Os alunos que vivem nos blocos intervencionados vão ser realojados noutras residências durante os três meses e meio de obras. No entanto, a administradora não sabe confirmar quais as residências para onde estes vão.
A salientar a ideia de “nunca desistir sem bater à porta dos SASUC”, a administradora insiste que o objetivo é melhorar as condições de vida dos alunos e não prejudicá-los. Neste sentido, apresenta ainda soluções como o Fundo Solidário, a Cáritas ou o Centro de Acolhimento João Paulo II para dar resposta a estudantes que possam não ser abrangidos pelo apoio fornecido pelos SASUC.
As caixilharias exteriores dos quatro blocos da residência já foram reabilitadas. O bloco D foi requalificado na íntegra, em 2016. Quanto ao bloco C, a administradora não tem previsão de data para a sua renovação e afirma que, tanto quanto sabe, “é o que exige maior investimento”.
Ao contrário das Cantinas Amarelas, cujas obras e mobiliário foram financiados pela Universidade, o investimento para as obras da residência, cerca de 300 mil euros, “é feito na totalidade pelos SASUC”, afirma Conceição Marques. “A obra vai iniciar-se ainda este ano”, acrescenta.
Existem já decisões tomadas para requalificar residências como a dos Combatentes, de São Salvador e da Alegria. Porém, a administradora não adianta mais informação sobre as datas destas obras. Conceição Marques salienta a obrigatoriedade de haver cabimento no orçamento para que as obras sejam efetuadas.
