Desporto

Futsal da AAC em jogo pela autonomia

Hugo Guímaro

Modalidade aguarda pela decisão do Conselho Desportivo da AAC. Tensão com Secção de Futebol pode influenciar o desfecho do processo. Por Samuel Santos

O Conselho Desportivo da Associação Académica de Coimbra (CD/AAC) está a estudar a possibilidade de avançar para a criação de uma Pró-Secção de Futsal, aliada à Secção de Futebol da AAC (SF/AAC). O presidente da Direção-Geral da AAC (DG/AAC), Alexandre Amado, esclarece que “a pró-secção dura, no mínimo, um ano” e, neste caso, “funciona com o Futsal integrado na Secção de Futebol (SF/AAC)”. O secretário-geral do CD/AAC, Miguel Franco, complementa ao afirmar que, “apesar de ser uma proposta interessante, apenas avança se existir viabilidade financeira”.

Gabriel Guimarães, jogador pela Briosa nas competições universitárias e treinador no Futsal da AAC, recorre ao “constante aumento de atletas” para evidenciar “a maré de cima” que a modalidade atravessa. “Há uns anos contavam-se apenas com 46 jogadores. Hoje são cerca de 200”, sublinha. Gabriel Guimarães aponta para a criação de uma equipa sénior masculina como sendo a única limitação financeira. No entanto, o treinador sublinha que “não é por entraves económicas que o Futsal não se torna independente”, e aponta para a “injeção monetária” proveniente dos atletas inscritos.

Com a aprovação do CD/AAC, o Futsal pode ser elevado a pró-secção. No entanto, como explica Gabriel Guimarães, “a suspensão do coordenador da modalidade, João Filipe, e a tensão com a SF/AAC podem dificultar o processo”.

“Os acontecimentos recentes só motivam para se avançar para uma secção independente, pois há meios suficientes para tal”, reitera o treinador no Futsal da AAC. O presidente da DG/AAC refere que “a criação de uma Secção de Futsal interliga-se, em parte, à dificuldade em equilibrar a autonomia da modalidade dentro da SF/AAC”. Miguel Franco, por sua vez, considera pertinente intervir apenas se “o caso danificar e prejudicar a imagem da AAC”.

Ao olhar o futuro, Gabriel Guimarães mostra-se otimista. “O Futsal é um projeto com pernas para andar”, garante. “Quem nos viu há cinco anos e nos vê agora questiona até onde poderemos chegar”, conclui.

Até à presente data não foi possível obter qualquer declaração por parte do coordenador do Futsal da AAC, João Filipe.

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