Festival com preocupações ecológicas reúne várias áreas culturais e diferentes sensibilidades. Apura vai oferecer obras de arte a instituição de solidariedade social. Por Pedro Silva
A primeira edição do Festival Apura realiza-se de 25 a 27 de setembro, em Coimbra. O evento conta com a participação de cerca de 30 artistas de várias áreas culturais em três espaços distintos. No dia inaugural, a iniciativa localiza-se na República Bota-Abaixo; no segundo, o festival desloca-se para a República da Praça; e as despedidas estão marcadas para os Jardins da Associação Académica de Coimbra (AAC). A entrada é livre e o evento não tem fins lucrativos.
Na estreia do palco itinerante vão atuar duas bandas. Um dos organizadores da iniciativa, Bernardo Rocha, destaca o grupo de punk Motim, que vem da Gafanha da Nazaré. Na República da Praça, o dia vai ser dedicado à mostra de nove exposições de pintura, desenho, fotografia e escultura. Segundo Bernardo Rocha, os artistas não estão limitados a um tema, ou seja, vão ter “uma tela em branco” para “mostrarem os seus trabalhos”.
O segundo dia do festival termina com o espetáculo teatral “Poema Corpo” levado à cena pelo Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC). O espetáculo tem início previsto para as 23h30. A música regressa na quinta-feira para finalizar o evento com quatro concertos. Nos jardins da AAC, Bernardo Rocha destaca a atuação da banda Gator, The Alligator, que vem de Barcelos.
O evento cultural conta ainda com a participação das secções de ecologia e de gastronomia da AAC. De acordo com Bernardo Rocha, “a substituição de copos de plástico por canecas” e a oferta de “cinzeiros alternativos” são as funções do grupo ecológico. Já a secção de gastronomia vai vender fruta e sumos naturais nos locais do festival, de forma a “promover alternativas de alimentação saudável”, como explica um dos organizadores.
Em relação à realização de uma segunda edição do evento, um dos promotores do festival afirma que ainda não está nada planeado e que “não há pressão nenhuma” para tal. Segundo Bernardo Rocha, caso a próxima edição obtenha lucros, os fundos revertem a favor de causas sociais. Na estreia do festival decorre um “live painting” em que, pelo menos, dois artistas vão doar as obras criadas à Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM).
Fotografia: Inês Gama
