Académica com mais posse, mas perdulária na finalização. Vizelenses aproveitam e arrecadam os três pontos. Texto por João Pimentel e João Ruivo e fotografias por João Ruivo
Agendado para dia 28 de Setembro, o jogo que opôs a Académica ao Vizela foi antecipado para a tarde do dia de hoje, aproveitando o interregno nos campeonatos profissionais. A Briosa disputou o seu terceiro jogo consecutivo em casa, desta feita frente ao conjunto vizelense, comandado por Ricardo Soares. De regresso ao segundo escalão do futebol nacional, apresentam um registo mais favorável nos jogos fora do que em casa. A equipa forasteira acabou por dar continuidade a esse registo e somou mais três pontos em Coimbra.
Ainda não estava decorrido o minuto inicial de jogo, quando Nuno Santos deixa o seu adversário, Kukula, fugir à marcação e o derruba. O lance originou um livre perigoso à entrada da grande área, com o árbitro a estrear o seu caderno com um amarelo. Os primeiros quinze minutos de jogo pertenceram, em maior parte, ao Vizela mas a partir daí não criaram mais perigo. Após o primeiro quarto de hora, a Académica controlou a partida, com mais posse de bola, várias oportunidades mas com falta de critério na finalização. Aos 27 minutos, após cruzamento de Nuno Santos, Diogo Coelho faz um cabeceamento dentro da pequena área para defesa apertada de Pedro Albergaria, que negou o golo dos estudantes. A primeira metade do jogo termina com alguma agressividade e jogadores no chão a necessitarem de assistência médica.
Os homens de negro abriram a segunda parte com inúmeras jogadas de ataque, já com Ernest Ohemeng no lugar de Alfaiate, com Nii Plange a recuar para a posição de lateral direito. Logo ao segundo minuto Marinho cruzou a bola para Rui Miguel, que cabeceou para corte de João Sousa em cima da linha de golo. Aos 66 minutos, Costinha efetuou a segunda substituição na equipa da casa, ao colocar em campo Pedro Nuno em detrimento de Marinho. O foco do Vizela era os contra ataques e em cima do minuto 78 chegaram mesmo ao golo, numa jogada em que Nii Plange perde a bola e deixa isolado o atacante do Vizela, Filipe Augusto, que inaugurou o marcador. A Académica tentou reagir ao golo, já com Tozé Marreco em campo, mas sem eficácia na hora de concretizar, e o resultado manteve-se inalterado até ao apito final do árbitro da partida, Manuel Oliveira.
No final da partida, o treinador da equipa visitante, Ricardo Soares, considerou a prestação dos seus jogadores como “adulta, forte, coesa e determinada”. Reforçou que “o compromisso dos vizelenses foi determinante” e a “vitória com felicidade, mas justa”. Já o técnico da Briosa afirmou que “as ocasiões que o Vizela teve são erros que não se podem ter” e que “aquilo que os jogadores fazem no treino não passam para dentro de campo”. Costinha afiançou também que, “em casa, a equipa tem de saber jogar de forma diferente”. Quanto aos assobios vindos da bancada, considera que “é perfeitamente normal quando não se ganha no seu próprio terreno”.
- Fotografia: João Ruivo
